Por anos, os produtores da comunidade do Campo Seco, em Brumado, lutaram para adquirir o selo de autorização para comercialização de produtos da agricultura familiar, o que aconteceu em 2014. No entanto, mesmo atendendo as determinações legais e com os produtos bem envasados e rotulados que saem da Usina de Beneficiamento de Frutas, os produtores estão amargando este ano um prejuízo na casa dos R$ 11 mil, visto que não conseguiram que a produção chegasse às escolas públicas do município para serem inseridos no cardápio da merenda escolar, como parte do Programa Nacional de Alimento Escolar. Os prejuízos só não foram maiores porque, através de Amauri Flagra, coordenador da Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares da Economia Solidária de Brumado, a produção tem chegado a outros municípios na região oeste, à margem do Rio São Francisco, bem como a outras cidades da própria região sudoeste, vizinhos a Brumado. O presidente da Associação Comunitária e da Usina de Beneficiamento do Campo Seco, Jude Caé Pinheiro, não soube detalhar o motivo de os produtos não estarem nas escolas do município, mas lamentou a não valorização da produção interna. “Aqui está se cumprindo o que se diz, santo de casa não faz milagre”, afirmou ao site Brumado Notícias. Nossa reportagem tentou contato com o secretário municipal de agricultura, Frederico Neves, para tratar do assunto, mas não obteve êxito.