Em uma operação conjunta entre a 34ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes, a Guarda Civil Municipal e a Secretaria Municipal de Infraestrutura, realizada no início da manhã desta sexta-feira (17), foram retiradas barracas e bancas que há anos obstruíam as calçadas e as vias públicas de acesso ao Mercado Municipal e à Feira Livre de Brumado. Boa parte dos ambulantes se mantinha irregularmente nas vagas do estacionamento público, ocupando o espaço que seria para os consumidores. Na operação também foram notificadas as vans que utilizam espaço não regulamentado para embarque de passageiros, bem como uma agência de mototaxi e uma revendedora que utilizava o local para exposição de veículos. Em entrevista ao site Brumado Notícias, o administrador do Mercado Municipal, Manoel Gonçalves Neto, declarou que, após a reforma do mercado, buscou conscientizar os feirantes e ambulantes a utilizarem a área coberta do setor de hortifrúti. Porém, segundo o administrador, muitos preferiram agir por conta própria e ocupar o espaço indevido nas imediações da Praça Teófilo Alves de Lima, que agrega o mercado, a feira e o estacionamento. 

Gonçalves disse ainda que o valor pago pela ocupação do espaço coberto na área destinada aos ambulantes e feirantes dentro do mercado é irrisório: apenas R$ 1,60 o m². Mesmo com a resistência de alguns, os comerciantes acabaram cedendo diante da presença da Guarda Civil Municipal e da 34ª CIPM. Do ponto de vista da Superintendência de Trânsito, a retirada dos ambulantes facilitará a fluidez do tráfego na região, uma vez que com as bancas nas calçadas os pedestres eram obrigados a disputar espaço nas ruas com os carros. Por outro lado, com as bancas nas ruas era comum a formação de engarrafamento nas vias de acesso ao mercado, já que os veículos disputavam espaço com as bancas e até com caminhões que serviam como barracas de hortifrúti. O técnico da infraestrutura, Carlos Eduardo Trindade, esclareceu que a Secretaria de Infraestrutura tem a prerrogativa de fiscalizar e regulamentar a ocupação e o uso do solo público. O técnico asseverou que há anos havia a ocupação do solo sem a autorização do poder público. A operação será continuada, segundo afirmou o representante da Seinfra, alertando que, caso algum feirante ou ambulante retorne para áreas indevidas, serão penalizados e podem ter as mercadorias recolhidas e responder judicialmente.