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Brumado: Sindicatos apontam que prefeitura mente quanto a índice prudencial para reajustes e ganham apoio da câmara
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

A prefeitura de Brumado insiste em ofertar apenas 4,5% de reajuste aos servidores públicos do município, alegando está próximo do índice prudencial limitado pela lei de responsabilidade fiscal. No entanto, técnicos sindicais apresentaram relatório apontando que o município tem condições de atender a pauta de reivindicações. Fazendo uso da tribuna livre da Câmara de Vereadores, na sessão realizada na noite da última segunda-feira (31), o presidente do sindicado dos servidores públicos do município de Brumado (Sindsemb), Edilson Costa, declarou que o servidor público é mal remunerado e pediu a união das categorias diante dos impasses nas negociações com a prefeitura. “Não queremos ver a repetição da novela do ano passado e também não queremos recorrer à greve, mas se precisar vamos mostrar nossa força na porta da prefeitura. Por isso pedimos a união das categorias, dos sindicatos e dos vereadores, pois os servidores públicos de Brumado são muito mal remunerados”, disse o sindicalista, sendo apoiado em seguida pela diretora da APLB sindicato, Vanúsia Pereira Lobo, que busca o reajuste de 13% para os profissionais da educação. “O argumento da prefeitura tem sido o mesmo, de que não há limite para o reajuste, mas tem o recurso. Técnicos da APLB apresentaram que há sim limites para o reajuste, que não afetaria o prudencial da lei de responsabilidade fiscal. A responsabilidade fiscal é na verdade a linha de defesa para não atender aos direitos dos servidores, enquanto que a prefeitura incha a folha com contratados”, argumentou Vanúsia, acrescentando que a administração tem agido fora da constitucionalidade por negar também o vale alimentação, o que não entra na folha e não afeta o limite prudencial. 

Brumado: Sindicatos apontam que prefeitura mente quanto a índice prudencial para reajustes e ganham apoio da câmara
Foto: Lay Amorim/Brumado Notícias

Os sindicalistas tiveram seus discursos fortalecidos com as declarações do primeiro secretário da câmara, Weliton Lopes (SD), e do presidente do legislativo, Alessandro Lôbo (PSL). Ambos destacaram que no ano anterior se sentiram enganados pelos números apresentados pela prefeitura e a câmara passou apuros por não atender aos apelos e aos índices apontados pelos sindicalistas. A palavra de ordem para as negociações do ano em curso, segundo os parlamentares, é a desconfiança, pois disseram não acreditar mais nos percentuais apresentados pela administração municipal. “Ano passado foram apresentados vários índices apontando que a prefeitura já estava à beira do limite, mas aí a prefeitura fechou o ano com folga. Não confio mais nos números oficiais do executivo. Vou confiar nos índices da PLB, pois passamos apuros ano passado. Quero que haja um confronto dos números, pois a certeza que tenho é de que com a matemática não há erros”, ressaltou Lopes, sendo reiterado pelo vereador Alessandro Lôbo, que cobrou maior transparência e honestidade com os números por parte da prefeitura. “Não podemos ser colocados numa situação de descrédito por conta de números da prefeitura. Ano passado enfrentei até problemas familiares por conta desses números que não nos foram passados. Não queremos descumprimento da responsabilidade fiscal, no entanto, a prefeitura tem que jogar limpo com os professores e conosco. Temos que negociar com a verdade”, concluiu ele.

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