Nesta terça-feira (09), o juiz da vara crime de Brumado, Genivaldo Alves Guimarães, presidiu o júri de Deirrian Pires de Souza, acusado de matar José de Souza Pires, o Zé do Tempero. O crime aconteceu no dia 12 de agosto de 2013. Na ocasião, durante a madrugada, a sogra de Zé do Tempero, Lucidalva Ramos Pires, também havia sido morta. Deirrian acreditava que o vendedor de hortaliças tinha executado Lucidalva e por isso deflagrou dois disparos de arma de fogo que atingiram a cabeça da vítima. Dias depois, Deirrian confessou o crime. Desde então, foi decretada sua prisão preventiva e o mesmo encontrava-se detido na delegacia local. 

Após apresentações das teses de acusação e defesa, os jurados responderam sim as três primeiras questões em que foram apontadas a materialidade delitiva, o nexo casual entre lesões e morte da vítima, bem como a autoria do crime. O júri considerou que Deirrian estava sob o domínio de violenta emoção pela morte prematura da avó. Em face disso, o conselho de sentença condenou o acusado pela prática de homicídio privilegiado. Em seguida, o juiz determinou a sentença em sete anos, dois meses e doze dias de reclusão. Por força de lei, o regime inicial será o semiaberto. Como Deirrian já cumpriu parte da pena, ele poderá recorrer em liberdade, mas terá de manter distância de no mínimo 100 metros da viúva da vítima. O alvará de soltura foi expedido e a família de Deirrian o recebeu na entrada do Fórum Dr. Duarte Moniz. 

Os advogados de defesa, Aloísio Alfredo e Jean Luca, consideraram o resultado satisfatório, mas garantiram que irão recorrer da sentença. “Queremos parabenizar o povo de Brumado, pois sete pessoas acataram a tese da defesa de que não é possível fazer justiça com as próprias mãos, pois a ninguém é dado esse direito, mas aqui a emoção conta. Nós não somos máquinas e a letra fria da lei não pode suplantar o ser humano com seus defeitos e qualidades”, disseram em entrevista ao site Brumado Notícias. O juiz anunciou que o próximo júri será no dia 25 de setembro, quando Wanderson Santos Amorim, o Pedrerinho, será julgado pela acusação de homicídio qualificado praticado contra Anderson Lucas Abreu Ferraz.